Quando estive em São Paulo em novembro do ano passado para ver o Twisted Sister dei um pulinho na Galeria do Rock. A grana era curta – devia ter uns R$ 50 apenas –, mas dei a sorte de conseguir encontrar o meu disco preferido do W.A.S.P., importado, pela bagatela de R$ 20. Segunda mão, beleza, mas em excelente estado.
Lançado em junho de 95, Still Not Black Enough é o oitavo trabalho do W.A.S.P.. Este que seria o primeiro álbum solo do vocalista Blackie Lawless reúne basicamente canções que ficaram de fora do conceitual The Crimson Idol, de 92. Ou seja, aqui temos aquele line up de primeira, com Bob Kulick na guitarra e Frankie Banali na bateria.
Se por um lado o som de Still Not Black Enough possui um caráter menos progressivo que o de seu antecessor – as canções de The Crimson Idol em sua maioria ultrapassam os cinco minutos de duração –, por outro o clima das canções permanece pra lá de denso (algo que a própria capa já indica, reparem!). Blackie Lawless é um compositor de mão cheia. E aqui estão algumas de suas melhores letras.
A parte instrumental então nem se fala. O talento de Bob Kulick nas seis cordas é inversamente proporcional à quantidade de fios de cabelo em sua cabeça; o que ele tem de careca tem de criativo e virtuoso. Já Frankie Banali, o eterno baterista do Quiet Riot, consegue aliar força, precisão, técnica e versatilidade como poucos; com certeza um dos melhores músicos de sua geração.
A faixa-título abre o álbum com um refrão animal, digno de incendiar multidões ao vivo. Na seqüência, “Somebody to Love” rememora o hard rock que delineou o som da banda nos anos 80. Bem semelhante a faixa-título (basta ouvir os riffs principais de ambas as músicas), “Black Forever” retoma o caráter de revolta com Lawless caprichando nos rasgados.
A sombria “Scared to Death” é uma forte candidata à medalha de ouro do álbum. Letra pesada, pessimista, backing vocals femininos em tom de horror e Kulick tocando um solo de arrepiar. Só ouvindo mesmo para ter uma noção exata. Mas é em “Goodbye America” que Lawless destila todo seu ódio, principalmente contra o governo norte-americano. Ótima canção.
As principais surpresas na segunda metade do álbum ficam por conta das inusitadas (ao menos para o padrão W.A.S.P. – não achei definição melhor) “Keep Holding On”, “Breathe” e o hino “Rock and Roll to Death”. As duas primeiras, baladinhas no melhor estilo de “Forever Free” (clássico de The Headless Children, de 89) com violões e uma sensibilidade incomum, porém honesta. Já a segunda nos leva diretamente aos anos 60, um rock ‘n’ roll clássico nos moldes de Chuck Berry, só que com muito, mas MUITO mais ganho nas guitarras.
Propaganda feita, cabe a vocês decidirem se baixam ou não. Como eu disse no primeiro parágrafo, este aqui é o meu disco preferido do W.A.S.P.. Relembrando o mítico Seu Creysson: “este eu agarântio!”. E pra encerrar, uma lição fundamental, diretamente da letra de “Rock and Roll to Death”: “If rock and roll dies I’ll take my last breath / Rock and roll to death!”
01. Still Not Black Enough
02. Somebody to Love
03. Black Forever
04. Scared to Death
05. Goodbye America
06. Keep Holding On
07. Rock and Roll to Death
08. Breathe
09. I Can’t
10. No Way Out of Here
Blackie Lawless – Vocais; Backing Vocals; Guitarras; Baixo; Violões, Cítara; Piano, Órgão; Sintetizadores
Frankie Banali – Bateria
Bob Kulick – Guitarra
Stet Howland – Percussão em “Scared to Death”
Mark Josephson – Violino
Tracey Whitney & K.C. Calloway – Backing Vocals
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мєαиѕтяєєт
Lançado em junho de 95, Still Not Black Enough é o oitavo trabalho do W.A.S.P.. Este que seria o primeiro álbum solo do vocalista Blackie Lawless reúne basicamente canções que ficaram de fora do conceitual The Crimson Idol, de 92. Ou seja, aqui temos aquele line up de primeira, com Bob Kulick na guitarra e Frankie Banali na bateria.
Se por um lado o som de Still Not Black Enough possui um caráter menos progressivo que o de seu antecessor – as canções de The Crimson Idol em sua maioria ultrapassam os cinco minutos de duração –, por outro o clima das canções permanece pra lá de denso (algo que a própria capa já indica, reparem!). Blackie Lawless é um compositor de mão cheia. E aqui estão algumas de suas melhores letras.
A parte instrumental então nem se fala. O talento de Bob Kulick nas seis cordas é inversamente proporcional à quantidade de fios de cabelo em sua cabeça; o que ele tem de careca tem de criativo e virtuoso. Já Frankie Banali, o eterno baterista do Quiet Riot, consegue aliar força, precisão, técnica e versatilidade como poucos; com certeza um dos melhores músicos de sua geração.
A faixa-título abre o álbum com um refrão animal, digno de incendiar multidões ao vivo. Na seqüência, “Somebody to Love” rememora o hard rock que delineou o som da banda nos anos 80. Bem semelhante a faixa-título (basta ouvir os riffs principais de ambas as músicas), “Black Forever” retoma o caráter de revolta com Lawless caprichando nos rasgados.
A sombria “Scared to Death” é uma forte candidata à medalha de ouro do álbum. Letra pesada, pessimista, backing vocals femininos em tom de horror e Kulick tocando um solo de arrepiar. Só ouvindo mesmo para ter uma noção exata. Mas é em “Goodbye America” que Lawless destila todo seu ódio, principalmente contra o governo norte-americano. Ótima canção.
As principais surpresas na segunda metade do álbum ficam por conta das inusitadas (ao menos para o padrão W.A.S.P. – não achei definição melhor) “Keep Holding On”, “Breathe” e o hino “Rock and Roll to Death”. As duas primeiras, baladinhas no melhor estilo de “Forever Free” (clássico de The Headless Children, de 89) com violões e uma sensibilidade incomum, porém honesta. Já a segunda nos leva diretamente aos anos 60, um rock ‘n’ roll clássico nos moldes de Chuck Berry, só que com muito, mas MUITO mais ganho nas guitarras.
Propaganda feita, cabe a vocês decidirem se baixam ou não. Como eu disse no primeiro parágrafo, este aqui é o meu disco preferido do W.A.S.P.. Relembrando o mítico Seu Creysson: “este eu agarântio!”. E pra encerrar, uma lição fundamental, diretamente da letra de “Rock and Roll to Death”: “If rock and roll dies I’ll take my last breath / Rock and roll to death!”
01. Still Not Black Enough
02. Somebody to Love
03. Black Forever
04. Scared to Death
05. Goodbye America
06. Keep Holding On
07. Rock and Roll to Death
08. Breathe
09. I Can’t
10. No Way Out of Here
Blackie Lawless – Vocais; Backing Vocals; Guitarras; Baixo; Violões, Cítara; Piano, Órgão; Sintetizadores
Frankie Banali – Bateria
Bob Kulick – Guitarra
Stet Howland – Percussão em “Scared to Death”
Mark Josephson – Violino
Tracey Whitney & K.C. Calloway – Backing Vocals
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мєαиѕтяєєт
11 comentários:
http://www.4shared.com/file/dVEebW_7/W-1995-SNBE.html
ae tchê, não conheceço esse disco mas WASP eh show de bola, vo da uma ouvida, valeu ae!!
só eu acho o blackie lawless parecidíssimo com o malmsteen?
Sem querer te desanimar, mas creio que sim. :P
O Blackie Lawless é uma mistura de Gretchen com Elvira. Só procurar no Google.
Náo estou conseguindo baixar o arquivo....ele me remete sempre de volta a pagina incial de download..
ok, ja consegui......
Blackie Lawless e seu WASP,são o sinônimo de luta no mundo do Heavy Metal,senão vejamos:
O primeiro album saiu em 1984,e de lá pra cá muita água passou por debaixo da ponte,e muitas MODINHAS infestaram a cena musical,principal a PIOR de todas as PRAGAS conhecida como GRUNGE.
Enquanto a mídia se ajoelhava pra BANDAS como NIRVANA & CIA.(Perai..eu chamei ISSO de BANDA?) ...BANDAS como WASP ficaram fiéis ao seu estilo,e mandaram ver em albuns maravilhosos,e fazendo o que sempre fizeram..MÚSICA DE QUALIDADE.
Na minha humilde opinião,seu melhor trabalho,é o "THE HEADLESS CHILDREN",um album perfeito,com grandes canções.
Após rumores de que o WASP daria um tempo em suas atividades,eis que BLACKIE LAWLESS tirou uma carta da manga....essa carta chama-se: "STILL BLACK NOT ENOUGH"...e meu amigo pode ter certeza...isso aqui é puta album,com grandes músicas,e LAWLESS destilando seu veneno pros quatro cantos do mundo...
Realmente todo o album merece respeito,pois as músicas são perfeitas,e com a assinatura de MR.LAWLESS..o cara é um gênio e pronto.
Alem das faixas desse GRANDE/MARAVILHOSO album,o mesmo ainda traz TRÊS COVERS que aqui na voz de LAWLESS ficaram excelentes,são elas: TIE YOUR MOTHER DOWN(Queen),SOMEBODY TO LOVE(Jefferson Airplane),e WHOLE LOTTA ROSIE(AC/DC)..Preciso dizer mais?
Graças a DEUS,gênios como BLACKIE LAWLESS ainda vivem,e lançam albuns dignos para verdadeiros fãs de Heavy Metal (vide o mais recente album da banda BABYLON,que é uma paulada na orelha).
RECOMENDADISSIMO......
Agora sim tô qualificado pra dizer: QUE DISCÃO! Blackie Lawless manda muito, e escolheu dois caras fodas pra acompanharem seu som nessa empreitada.
Foda!!
Acabei de ouvir o album com mais atenção, é completo, maduro, sem encheção e gritaria. É indispensável.
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