Após a bem sucedida turnê do álbum F.U.C.K., que rendeu o ao vivo Live: Right Here, Right Now, o Van Halen deu uma rápida parada para recarregar as baterias. Nesse meio tempo, Sammy Hagar lançou uma Box-set de sua carreira-solo, enquanto Eddie internou-se pela primeira vez em uma clínica, para combater seu alcoolismo – o que não conseguiu sustentar por muito tempo. Simbolizando essa nova fase de sua vida, o guitarrista promoveu uma repaginada no visual, cortando os cabelos e deixando crescer um cavanhaque. A mudança gerou até mesmo um irônico comentário de Beavis & Butt-Head, em seu desenho na MTV. Ao assistirem o clipe de “Can’t Stop Lovin’ You” e não reconhecerem o músico, a dupla disparou: “Onde está o Eddie? Como podem tirar o Van Halen do Van Halen?”.
Essa nova fase pessoal do líder, fez com que a banda lançasse aquele que é, liricamente, seu trabalho mais sério. Balance traz composições com críticas sociais e políticas, algumas em forma de metáfora, além de várias reflexões sobre sentimentos de maneira bem mais profunda em relação ao que faziam até ali. Para comandar as máquinas, foi chamado o experiente (e já falecido) produtor Bruce Fairbairn, que ofereceu uma das sonoridades mais cruas já mostradas pelo grupo a seus adeptos. Foram suprimidos alguns excessos de detalhes, trabalhados exaustivamente nos discos anteriores. A idéia era fazer com que as músicas soassem quase com uma cara de gravação ao vivo. Tanto que contando todo o processo de gravação, masterização e mixagem não levou mais que três meses.
O álbum obteve grande sucesso comercial, vendendo em torno de cinco milhões de cópias mundo afora, impulsionado especialmente pelo apelo popular da já citada “Can’t Stop Lovin’ You”, que no Brasil entrou até em trilha sonora de novela. Outra que conseguiu divulgação forte na mídia, graças a seu estilo mais acessível, foi a linda balada “Not Enough”. Mas os fãs de guitarras pesadas e espancamento de bateria também tiveram seus anseios atendidos em faixas como “The Seventh Seal”, “Don’t Tell Me (What Love Can Do)” (música cuja letra teve inspiração no suicídio de Kurt Cobain), “Amsterdam” e “Big Fat Money”. Com ou sem a manguaça, Eddie continuava sendo um monstro, criando melodias geniais e extraindo sons inimagináveis a nós, meros mortais, das seis cordas de seu instrumento.
Balance marcou o fim da era conhecida entre os fiéis admiradores como Van Hagar. O quarteto ainda lançaria uma música inédita na trilha sonora do filme Twister (“Humans Being”), além de um breve retorno com três novas faixas para a coletânea Best Of Both Worlds. Mas essa foi, efetivamente, a última vez que Sammy Hagar cantou em um trabalho completo da banda. Diferenças internas, que nunca foram muito bem explicadas por nenhum dos lados, causaram o rompimento. Ao menos, ainda tiveram tempo de registrar essa pérola. A edição que aqui disponibilizamos é a japonesa, que conta com a faixa-bônus “Crossing Over”. Mais uma excelente pedida.
Balance marcou o fim da era conhecida entre os fiéis admiradores como Van Hagar. O quarteto ainda lançaria uma música inédita na trilha sonora do filme Twister (“Humans Being”), além de um breve retorno com três novas faixas para a coletânea Best Of Both Worlds. Mas essa foi, efetivamente, a última vez que Sammy Hagar cantou em um trabalho completo da banda. Diferenças internas, que nunca foram muito bem explicadas por nenhum dos lados, causaram o rompimento. Ao menos, ainda tiveram tempo de registrar essa pérola. A edição que aqui disponibilizamos é a japonesa, que conta com a faixa-bônus “Crossing Over”. Mais uma excelente pedida.
Sammy Hagar (vocals)
Eddie Van Halen (guitars, keyboards)
Michael Anthony (bass)
Alex Van Halen (drums)
01. The Seventh Seal
02. Can’t Stop Lovin’ You
03. Don’t Tell Me (What Love Can Do)
04. Amsterdam
05. Big Fat Money
06. Strung Out
07. Not Enough
08. Aftershock
09. Doin’ Time
10. Baluchiterium
11. Take Me Back (Déjà vu)
12. Feelin’
13. Crossing Over
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JAY
12 comentários:
Van Halen – Balance [1995]
82 MB
192 kbps
http://www.mediafire.com/?70d58wiwvmmsifh
DISCÃO! E o canto do cisne do Van Halen, pois depois disso veio o famigerado III e nada mais para a nossa alegria. Postasso
Foi o primeiro album do Van Halen que eu ouvi. Então tem um significado especial pra mim.
Grande album, ótima produção.
massa. Vlw combe
Antes de mais nada, agradeço por postarem um disco do Van Halen, minha banda favorita.
E aproveito para lhes lembrar que o padrinho dele, o Hendrix, completa quarenta anos de seu falecimento hoje.
Van Halen com um disco "adulto" soou estranho na época.
Mas Baluchiterium serviu pra mostrar que o velho Eddie é bom em todas as praias, até na Satrianiana...
Quando o assunto é Van Halen, eu não manjo nada..rs. Mais ao ler o review fiquei com uma vontade e tanto de ouvir o álbum.
Abraço
Nossa, o EVH tava irreconhecível aí. hahaha...
Baixando!
=VH+ alwaays, até meu coração bateu diferente qdo li esse post.
Esse disco não ha muito o q acrescentar, foi o fim do decadente. Mas nem por isso foi ruim, pq qdo de trata do Van Halen não há baixa qualidade, nem em tempos ruins.
Esse play me lembra os tempos de pegar as menininhas ao som de Can't stop loving You. Me bateu a nostalgia agora rsrsrs
Parabéns a sei la em postou especialmente e a toda equipe Combe Rocks.
E qm ainda não conhecia o =VH= (q sacrilegio), ta aí uma boa pedida.
Keep on rocking honey! há!
Discão, não acho o VH III ruim, mas é outra perspectiva com certeza.
Assim como o Balance é mais sério, a fase Van Hagar é um pouco mais séria que a do Diamond Dave.
Sei lá, acho o VHIII uma evolução, pelo caminho que foi trilhado com o Balance.
valeu chê, baixando! não me lembro mto desse disco mas como gosto do F.U.C.K. vou baixalo!
Realmente não é a melhor forma do van halen , mas o disco contem músicas de qualidade do mesmo jeito. Ainda bem que VH já esta encaminhando um novo album! Graças!
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