Observando as postagens da vertente alternativa do Rock, me perguntei e decidi compartilhar da mesma questão: e quando os monstros partem para o alternativo?
A turnê de divulgação para o álbum "Revenge", que culminou no lançamento do ótimo "Alive III" e ainda passou pela edição brasileira do Monsters Of Rock em 1994, marcou o início de um processo nostálgico no Kiss. Vários sons antigos que haviam sido deixados de lado estavam sendo incluídos no repertório, como "Watchin' You", "Got To Choose", "Makin' Love" e por aí vai. Alguns shows em pequenos clubs, com público seleto e seleção de canções predominantemente antigas, foram realizados. Logo após, houve o lançamento do tributo "Kiss My Ass", também prestando tributo ao passado. Por fim, o quarteto embarcou na Worldwide Kiss Convention Tour - outra turnê feita para pequenos públicos em eventos centralizados na história da banda mais quente do mundo, com os clássicos tocados em formato acústico. A ideia acabou no "MTV Unplugged", que divulgou ao mundo inteiro que a formação original estava de volta.
"Carnival Of Souls: The Final Sessions" foi gravado no meio dessa suruba. As sessões foram de novembro de 1995 até fevereiro de 1996, com a produção de Toby Wright, que já trabalhou com Alice In Chains, Korn e Slayer, entre outros. Por conta dos acontecimentos ocorridos naquela época, o álbum foi engavetado, mas por ser tão pirateado, o Kiss decidiu lançá-lo oficialmente.
Nenhuma divulgação foi feita, até porque a magia das máscaras e da formação original era (e ainda é) mais forte, e o foco do trabalho feito no momento não poderia ser desviado. O baterista Eric Singer, revoltado, alegou que nunca mais voltaria a tocar com a dupla dinâmica e se recusou a participar das coletivas que antecederam e sucederam o lançamento desse disco que é, de longe, o mais menosprezado da trajetória dos caras. Pagou língua, mas é a vida. (risos)
"Carnival Of Souls: The Final Sessions" foi gravado no meio dessa suruba. As sessões foram de novembro de 1995 até fevereiro de 1996, com a produção de Toby Wright, que já trabalhou com Alice In Chains, Korn e Slayer, entre outros. Por conta dos acontecimentos ocorridos naquela época, o álbum foi engavetado, mas por ser tão pirateado, o Kiss decidiu lançá-lo oficialmente.
Nenhuma divulgação foi feita, até porque a magia das máscaras e da formação original era (e ainda é) mais forte, e o foco do trabalho feito no momento não poderia ser desviado. O baterista Eric Singer, revoltado, alegou que nunca mais voltaria a tocar com a dupla dinâmica e se recusou a participar das coletivas que antecederam e sucederam o lançamento desse disco que é, de longe, o mais menosprezado da trajetória dos caras. Pagou língua, mas é a vida. (risos)
Em suma, o play traz uma sonoridade densa, arrastada e pesada, que desdobra a proposta visceral já apresentada em "Revenge". O quarteto tentou se mostrar antenado nas propostas musicais em ascenção na época, que trazia extensões como o Grunge e o Rock Alternativo como "a onda do momento", e a influência do Alice In Chains e do Soundgarden é mais do que notória - é discrepante. Trata-se de mais um daqueles álbuns que são muito bons, mas que trazem pouco da consagrada identidade da banda que o fez. A reunião da formação original foi necessária, afinal o Kiss voltou ao topo novamente, mas, por parte da maioria dos fãs mais ferrenhos, há uma grande curiosidade do que essa formação, de qualidade musical exuberantíssima, poderia ter feito além dos dois lançamentos que a tiveram.
A abertura com "Hate", filha bastarda e rebelde de "Unholy" (do lançamento antecessor), traz riffs incrivelmente pesados de Bruce Kulick e vocais endiabrados de Gene Simmons, que voltou a assumir a alcunha de 'Demon' que outrora o consagrou. "Rain" dá sequência com uma levada cadenciada e arrastada - cortesia da bateria de Eric Singer -, porém apaixonante. "Master & Slave", uma das melhores aqui presentes, tem como destaque a poderosa voz de Paul Stanley, que cai bem até nas melodias mais "seattlescas".
"Childhood's End", composta por Simmons, Kulick e o atual guitarrista do grupo, Tommy Thayer, tem um refrão grudento e viciante, além de nuances melódicas apaixonantes e um básico porém ótimo solo de guitarra - single em potencial. "I Will Be There", única presente e belíssima balada, mostra um Stanley inspiradíssimo, imprimindo todo o seu feeling. O uso de violões de afinação mais grave e baixo fretless comprova que Bruce assumiu a maioria do instrumental sozinho não só aqui, mas ao decorrer da bolacha. "Jungle", que chegou a ser lançada como single e atingiu o top 10 das paradas Mainstream Rock da Billboard, retoma o peso com uma cozinha cavalar, guitarras poderosas e mais uma performance estonteante de Paul.
A abertura com "Hate", filha bastarda e rebelde de "Unholy" (do lançamento antecessor), traz riffs incrivelmente pesados de Bruce Kulick e vocais endiabrados de Gene Simmons, que voltou a assumir a alcunha de 'Demon' que outrora o consagrou. "Rain" dá sequência com uma levada cadenciada e arrastada - cortesia da bateria de Eric Singer -, porém apaixonante. "Master & Slave", uma das melhores aqui presentes, tem como destaque a poderosa voz de Paul Stanley, que cai bem até nas melodias mais "seattlescas".
"Childhood's End", composta por Simmons, Kulick e o atual guitarrista do grupo, Tommy Thayer, tem um refrão grudento e viciante, além de nuances melódicas apaixonantes e um básico porém ótimo solo de guitarra - single em potencial. "I Will Be There", única presente e belíssima balada, mostra um Stanley inspiradíssimo, imprimindo todo o seu feeling. O uso de violões de afinação mais grave e baixo fretless comprova que Bruce assumiu a maioria do instrumental sozinho não só aqui, mas ao decorrer da bolacha. "Jungle", que chegou a ser lançada como single e atingiu o top 10 das paradas Mainstream Rock da Billboard, retoma o peso com uma cozinha cavalar, guitarras poderosas e mais uma performance estonteante de Paul.
"In My Head", canção capitaneada por Gene com riff monstruoso e bateria rasgada, vem em seguida, juntamente de "It Never Goes Away", onde Paul solta o gogó como nunca, e "Seduction Of The Innocent", outro petardo de Simmons com refrão bem feito, mas com atmosfera bem dark. "I Confess" e "In The Mirror", apesar de conservarem bons instrumentais, são mais mornas e pouco incisivas, chamando pouca atenção. Porém a maior surpresa do álbum estava no fim: "I Walk Alone", composição de Bruce Kulick que teve sua voz como a principal, é uma das melhores das presentes. Andamento pesado mas envolvente e solo marcante. Um musicão.
Mesmo sem a divulgação que todo disco merece, "Carnival Of Souls: The Final Sessions" conquistou a 27ª posição nas paradas norte-americanas, perambulou por lá por quatro semanas (o menor tempo que um álbum do Kiss já esteve por lá, mas ao menos esteve por lá) e, como já relatado, emplacou "Jungle" nos charts especializados. No entanto permanece como um dos únicos, juntamente de "Music From The Elder" e "Sonic Boom" (este uma questão de tempo), a não conquistarem ao menos um disco de ouro na terra do Tio Sam. Mas, após tudo o que foi dito, é necessário salientar que a audição dessa pedrada é altamente recomendada?
Mesmo sem a divulgação que todo disco merece, "Carnival Of Souls: The Final Sessions" conquistou a 27ª posição nas paradas norte-americanas, perambulou por lá por quatro semanas (o menor tempo que um álbum do Kiss já esteve por lá, mas ao menos esteve por lá) e, como já relatado, emplacou "Jungle" nos charts especializados. No entanto permanece como um dos únicos, juntamente de "Music From The Elder" e "Sonic Boom" (este uma questão de tempo), a não conquistarem ao menos um disco de ouro na terra do Tio Sam. Mas, após tudo o que foi dito, é necessário salientar que a audição dessa pedrada é altamente recomendada?
01. Hate
02. Rain
03. Master & Slave
04. Childhood's End
05. I Will Be There
06. Jungle
07. In My Head
08. It Never Goes Away
09. Seduction Of The Innocent
10. I Confess
11. In The Mirror
12. I Walk Alone
Paul Stanley - vocal em 2, 3, 5, 6, 8 e 11; guitarra base
Gene Simmons - vocal em 1, 4, 7, 9 e 10; baixo
Bruce Kulick - vocal em 12; guitarra solo e base; violão de 6 e 12 cordas; baixo em 2, 5, 6, 8, 11 e 12; backing vocals
Eric Singer - bateria, percussão, backing vocals
Gene Simmons - vocal em 1, 4, 7, 9 e 10; baixo
Bruce Kulick - vocal em 12; guitarra solo e base; violão de 6 e 12 cordas; baixo em 2, 5, 6, 8, 11 e 12; backing vocals
Eric Singer - bateria, percussão, backing vocals
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
11 comentários:
Carnival of Souls: The Final Sessions [1997]
http://www.multiupload.com/6RWDQ0XQWS
Esse disco do Kiss é menosprezado, mas é muito bom! Queria que eles tocassem algumas dessas ao vivo!
Apesar do povo esculachar, adoro este disco! Rain é sublime...
Esse foi um dos primeiros álbuns do KISS que eu ouvi, então não pude ter algum tipo de "preconceito" por ser diferente do que a banda produzia. E também, eu não tinha nem 10 anos...
Pessoalidades de lado, esse disco é bom. Talvez não como um disco do KISS, mas como um álbum em si (o mesmo que o disco solo do Peter Criss, de 78). É nele que o Bruce mostra a verdadeira cara.
Não baixo porque já tenho, mas quem não conhece tem que baixar e conhecer mais essa vertente do rock por onde o KISS se aventurou...
Wow! Tava atrás desse há tempos! Pra mim, ele se enquadra na mesma categoria do "Never Say Die" do Black Sabbath: um grande album, mas que não parece Kiss! Vale a pena! Abraços!
Esse aí é tenso hein! Tenho original!
Tenho esse já faz quase uma década, também foi um dos primeiros do KISS que eu ouvi e comprei, por isso jamais tive preconceito com relação ao material aqui apresentado.
Discaço, mostrando o enorme talento dessa formação que é, em termos de técnica, a 2ª melhor do KISS (Eric Carr era melhor que o Siger).
RECOMENDADO!
Excelente disco, apesar de ser tão criticado, é um dos meus preferidos do Kiss!
Muito bom o disco , apesar da maioria critica , o Kiss é uma das minhas bandas favoritas
acabei de ver que parcerias são bem vindas , queria fazer uma parceria com voces
esse aqui é meu blog = brazilrocksociety.blogspot.com
O que dizer sobre eles???
p mim eles sao mestres na arte de grana e som, sao meu vdd idolos.
esse album ai...é muito diferente do q era realizado pelos msm, apesar de 99% do fas do kiss odiarem esse album...eu faço parte da minoria 1% q adoram esse album.
Otima postagem!
Não acredito que o Sonic Boom não ganhou premio nenhum e foi fazer parte da familia do The Elder... na moral esse cd é mt massa pra não ter ganho nda... e foi a grande volta do kiss aos estudios.vai entender esse pov...
bom o carnival é bem legal. não é o melhor, mas é bom... gosto pra caramba dele.. adoro Rain. o problema é que as pessoas nao aceitam as diferenças ai ja vai dizendo que nao presta! o mesmo aconteceu com o cd do Peter Criss e o The Elder, que é mt bom (Adoro Odssey e A World Withot Heroes)
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