Assim como no punk e o hardcore, no thrash e no death eu não acho novos grandes respresentantes do estilo, daqueles bem expressivos. Só gente copiando e vendendo, aliás. Além dos clássicos medalhões, poucas bandas atuais trazem frescor e inovações para a cena.
Sobre essas novas bandas eu não vou me demorar e irei falar apenas de uma: o Suicide Silence. Apesar de (erroneamente) fazer parte do chamado deathcore (que, convenhamos, a maioria dessas bandas não tem nada de ''death'' ou de ''hardcore''), esses cinco caras da Califórnia mostram que sabem fazer um brutal death metal com alguns riffs melódicos e incomuns aqui e acolá, além de também usarem os famosos - e não menos brutais, vide o The Rotted - breakdowns. E é o excelente debut do Suicide Silence que lhes trago hoje, o poderoso The Cleansing.
A banda foi formada em 2002 na cidade de Riverside e, após lançar uma EP em 2005 e trocar constantemente de músicos, o line-up se estabilizou com os fundadores Mitch Lucker (vocalista), Christopher Garza (guitarra) e Mike Bodkins (baixista, que hoje foi substituído por Daniel Kenny), além do batera Alex Lopez e o guitarrista Mark Heylmun, incluídos em 2006. Em 18 de setembro de 2007, The Cleansing dava as caras para o mundo fazendo um estardalhaço razoável: debutou na posição de número 94 na Billboard Top 200 e vendeu 7250 cópias apenas na primeira semana.
Sobre a audição do disco, a audição apurada e na íntegra desse disco é essencial, tanto para quem acha que o Suicide Silence faz parte do tal deathcore ou se é uma cria do death metal atual que abriga bandas como Job For A Cowboy e até mesmo o Waking The Cadaver.
Sobre a audição do disco, a audição apurada e na íntegra desse disco é essencial, tanto para quem acha que o Suicide Silence faz parte do tal deathcore ou se é uma cria do death metal atual que abriga bandas como Job For A Cowboy e até mesmo o Waking The Cadaver.
A bolacha começa com a boa abertura Revelation (Intro), que propicia o clima necessário a uma das minhas favoritas canções desses últimos tempos: a MALDITA Unanswered. Esse novo clássico mostra a competência do bom vocalista Mitch Lucker, que alterna guturais graves e rasgados, não só nos vocais como nas letras também, exibindo um forte lado ateísta e cheio de protesto contra as religiões. Aliás, várias músicas desse disco tem uma pitada ou outra dessa temática nas suas letras.
Hands Of A Killer, como já diz, poderia ser usada como adjetivo para caracterízar a dupla de guitarristas Chris Garza e Mark Heylmun, que mostram muita versatilidade na alternância das guitarras e nos breakdowns da canção.
O próximo destaque vai para a INCRÍVEL The Price Of Beauty, que critica essa atual corrida por um estereótipo de beleza. A canção, que começa com uma sequência que lembra o Cannibal Corpse nos bons tempos de The Bleeding, é lotada de riffs fantásticos engrossados pelo baixo de Bodkins. A alternância de riffs é outro destaque da canção, mesclando bases pesadas com riffs melódicos (aviso: na medida certa). lembrando também que o clipe dessa canção foi censurado pela MTV ''(Get Off The Air)'' por pura frescura.
O próximo destaque vai para a INCRÍVEL The Price Of Beauty, que critica essa atual corrida por um estereótipo de beleza. A canção, que começa com uma sequência que lembra o Cannibal Corpse nos bons tempos de The Bleeding, é lotada de riffs fantásticos engrossados pelo baixo de Bodkins. A alternância de riffs é outro destaque da canção, mesclando bases pesadas com riffs melódicos (aviso: na medida certa). lembrando também que o clipe dessa canção foi censurado pela MTV ''(Get Off The Air)'' por pura frescura.
Outra canção especial: No Pity For A Coward, especialmente pelo clima tenso e as letras, que são urradas até a última gota de saliva. A seção final da música é um primor, principalmente no quesito guitarras.
O disco continua com contante qualidade, sempre no topo, com canções sem frescura e com boa dose de criatividade. Outros destaques vão para Bludgeoned To Death (que também ganhou um clipe), Eyes Sewn Shut e Green Monster.
O disco continua com contante qualidade, sempre no topo, com canções sem frescura e com boa dose de criatividade. Outros destaques vão para Bludgeoned To Death (que também ganhou um clipe), Eyes Sewn Shut e Green Monster.
Não conheço o que a banda faz atualmente exceto pelo lançamento do disco mais recente (No Time To Bleed [2009]), porém o Suicide Silence mostra que nessa ''Terra'' tão cheia de canalhice em inúmeros níveis, pode-se trazer brutalidade e boas críticas - sem abrir mão da originalidade.
Um ótimo download!
Um ótimo download!
Tracklist:
01 - Revelations (Intro)
02 - Unanswered
03 - Hands Of A Killer01 - Revelations (Intro)
02 - Unanswered
04 - The Price Of Beauty
05 - The Fallen
06 - No Pity For A Coward
07 - The Disease
08 - Bludgeoned To Death
09 - Girl Of Glass
10 - In A Photograph
11 - Eyes Sewn Shut
12 - Green Monster
13 - Destruction Of A Statue
Line-up:
Mitch Lucker - Vocais
Chris Garza - Guitarra
Mark Heylmun - Guitarra
Alex Lopez - Bateria
Mike Bodkins - Baixo
(Links nos comentários - links on the comments)
By Alvaro Corpse
6 comentários:
Suicide Silence - The Cleansing (2007):
http://bit.ly/eeL8Tv
Curioso é que uma garota que tenho saído me indicou essa banda exatamente ontem e curti. falando nisso a garota é demais, hahahaha. Baixarei, valeu Combe!
Não conhecia essa banda...
Interessante...
Não muito original, mas...
Onesta...
Apreciável...
Valeu pelo post...
Parabéns!! É difícil encontrar blogs que fazem resenha dos álbuns em vez de só disponibilizá-los e ponto final. Falando nisso no quesito resenha "a combe" é um dos melhores. Depois de ler esse texto vou reouvir Suicide Silence com outros ouvidos.
Ps: minha música favorita é "No pitty for a coward".
Esse album pra mim é o melhor deles! Muito bom mesmo!
Álbum excelente!
Legal ver alguém resenhar um álbum do Suicide sem aquele preconceito com o suposto Deathcore que eles fazem. (embora eu ache que esse negócio de Deathcore não exista...)
No mais, parabéns pelo post Álvaro.
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