É péssimo quando nomes pesam. Nomes lendários. Nomes influentes. Para compreender, vale a simples reflexão de imaginar você, caro leitor, exercendo a mesma profissão que seu pai ou sua mãe exerce ou exerceu. sem acrescentar nem remover. Em alguns casos isso dá certo, mas na maioria dos casos, não é bem assim.
Essa breve introdução serve para abrir os olhos de qualquer um que se interesse pelo som do Bonham. Não vale a pena ligar ao nome do pai de Jason Bonham, o falecido baterista do Led Zeppelin, o monstro John Bonham. Apesar dos dois serem músicos - no caso, bateristas - e da mesma família, não dá pra esperar um novo Led ou um novo John do Bonham e de Jason, respectivamente. São homens diferentes, em épocas diferentes, que tiveram aprendizados diferentes, e nenhum produziu algo melhor ou pior que o outro.
Esclarecido o "porém", o trabalho do Bonham pode ser perfeitamente descrito. O grupo foi formado no início de 1989 por jovens músicos da Inglaterra, terra não muito prolífica quando o assunto é Hard Rock oitentista. A formação se consolidou com o próprio Jason na bateria, Daniel MacMaster no vocal, Ian Hatton na guitarra e John Smithson no baixo. O nome pesou tanto que, no mesmo ano, os caras conseguiram um contrato com a WTG Records e o competente Bob Ezrin para a produção, lançando o debut nas prateleiras de várias partes do globo.
Essa breve introdução serve para abrir os olhos de qualquer um que se interesse pelo som do Bonham. Não vale a pena ligar ao nome do pai de Jason Bonham, o falecido baterista do Led Zeppelin, o monstro John Bonham. Apesar dos dois serem músicos - no caso, bateristas - e da mesma família, não dá pra esperar um novo Led ou um novo John do Bonham e de Jason, respectivamente. São homens diferentes, em épocas diferentes, que tiveram aprendizados diferentes, e nenhum produziu algo melhor ou pior que o outro.
Esclarecido o "porém", o trabalho do Bonham pode ser perfeitamente descrito. O grupo foi formado no início de 1989 por jovens músicos da Inglaterra, terra não muito prolífica quando o assunto é Hard Rock oitentista. A formação se consolidou com o próprio Jason na bateria, Daniel MacMaster no vocal, Ian Hatton na guitarra e John Smithson no baixo. O nome pesou tanto que, no mesmo ano, os caras conseguiram um contrato com a WTG Records e o competente Bob Ezrin para a produção, lançando o debut nas prateleiras de várias partes do globo.
"The Disregard Of Timekeeping" é muito bom, mas logo de cara deve-se ressaltar que é confuso. Várias influências se juntaram, passando pela formação musical setentista de Jason (que lembra seu pai nas baquetas em vários momentos), atravessando o 'quê' farofeiro de Daniel e as loucuras já conhecidas de Bob, co-autor de três faixas e responsável pela orquestração presente em algumas outras. Tudo isso se somou e o trajeto abordado não foi nada linear.
Os atributos comerciais predominaram nas composições, apesar de não haver um verdadeiro hit em potencial. Refrães fáceis e pegajosos são aliados a backing vocals potentes e garantem a "cantarolação". A confusão vem quando se analisa o instrumental, muito bem tocado e complexo em vários momentos, com inúmeras passagens "quebradas" fora dos tais refrães.
Os atributos comerciais predominaram nas composições, apesar de não haver um verdadeiro hit em potencial. Refrães fáceis e pegajosos são aliados a backing vocals potentes e garantem a "cantarolação". A confusão vem quando se analisa o instrumental, muito bem tocado e complexo em vários momentos, com inúmeras passagens "quebradas" fora dos tais refrães.
Mas isso, ao ver de quem vos escreve, não tira a qualidade do registro, que é genialmente bem feito e, como dito anteriormente, muito bom. Músicos competentes com um vocalista poderoso e carismático tocam um Hard Rock forte e sem fórmulas, algo raro nessa época. O nome "pesado" deve ser desconsiderado durante o momento da audição para que o play seja devidamente aproveitado.
Mesmo com o êxito comercial do lançamento, com os singles nas paradas norte-americanas e o álbum em si nas posições de número 38 e 65 nos Estados Unidos e Canadá, respectivamente, o conjunto gravou um sucessor apenas três anos depois e se desfez porque Jason preferiu se concentrar em seus trabalhos como músico de estúdio (se traumatizou com os dois anos de turnê de divulgação deste disco), além do motivo principal, relacionado ao amadurecimento dos integrantes, já mais velhos, que perceberam que não era isso que queriam. Felizmente, deixaram esse ótimo trabalho que merece ser conferido.
Mesmo com o êxito comercial do lançamento, com os singles nas paradas norte-americanas e o álbum em si nas posições de número 38 e 65 nos Estados Unidos e Canadá, respectivamente, o conjunto gravou um sucessor apenas três anos depois e se desfez porque Jason preferiu se concentrar em seus trabalhos como músico de estúdio (se traumatizou com os dois anos de turnê de divulgação deste disco), além do motivo principal, relacionado ao amadurecimento dos integrantes, já mais velhos, que perceberam que não era isso que queriam. Felizmente, deixaram esse ótimo trabalho que merece ser conferido.
01. The Disregard Of Timekeeping
02. Wait For You
03. Bringing Me Down
04. Guilty
05. Holding On Forever
06. Dreams
07. Don't Walk Away
08. Playing To Win
09. Cross Me And See
10. Just Another Day
11. Room For Us All
Daniel MacMaster - vocal
Ian Hatton - guitarra
John Smithson - baixo, teclados, violino
Jason Bonham - bateria, percussão
Músicos adicionais:
Bob Ezrin - orquestração
Trevor Rabin - baixo, backing vocals
Jimmy Zavala - gaita
Bill Millay - teclados, sintetizadores
Duncan Faure - backing vocals
(Links nos comentários - links on the comments)
by Silver
8 comentários:
Bonham - The Disregard Of Timekeeping [1989]
http://www.mediafire.com/?bp20zrd5memmgqd
O sobrenome abriu muitas portas para o Jason. Mas ao mesmo tempo, faz com que até hoje ele seja associado ao pai. E considero isso uma pena, pois muitos deixam de ver que ele é um PUTA BATERISTA, um dos melhores surgidos nas últimas décadas.
Seja nessa banda, no BCC, Foreginer, UFO, enfim, em qualquer grupo, ele mostra que é dono de um talento muito acima da média. Mas infelizmente, muitos ainda o vêem apenas como o filho de John Bonham. Não que seja ruim, até porque o próprio tem muito orgulho disso. Mas acaba tirando o foco do principal, que é a qualidade dele como músico.
Led Zeppelin depois Jason Bonham, que "nepotismo" é esse? shauhsuahsuhasuh
Esse CD realmente é muito foda. eu tinha ele, não sei o que fiz com ele.
Gostei do clip (ainda nao ouvi o resto)musica bem massa, e da pra sentir um pouquinho de Robert Plant no vocal !!! JB é um excepcional baterista, mas vai morrer sem perder o rótulo de filho do homem !
Ótimo batera, injustiçado e que tem um nome que pesa a favor e contra!!!ótimo post parabéns...
As observações do Silver traduzem exatamente minhas impressões sobre esse debut do Bonham. Vale a pena baixar, porque é música bem feita.
Muito bom esse álbum. Não conhecia e gostei da atmosfera Hard zeppeliniana que algumas músicas possuem. Tem um pouco de Toto também, o que achei ótimo. As músicas em geral são diferentes entre si, contribuindo para uma melhor apreciação, mesmo que inicial, como é o meu caso.
Seria interessante que essa banda tivesse gravado um ao vivo também, para sacar a química entre banda e plateia, e entre os próprios músicos. E observando a carreira do Jason, é notável que ele mesmo não fique sob os holofotes o tempo todo, e mantenha-se até certo ponto distante de confusões, pelo menos é o que parece, nunca ouvi dizer que ele se meteu em encrenca.
Quanto aos demais músicos, destaca-se principalmente o vocalista. Acho que o guitarrista e o baixista foram bem discretos, fizeram o seu trabalho de forma competente, mas o brilho fica para o vocalista e o baterista, nessa ordem.
Parabéns pela escolha do álbum, e pela resenha redonda.
Abraços Rocker!
Sabe que eu achei legal essa capa?
Sempre tive curiosidade de ouvir este disco,e agora tenho a oportunidade.
Minha dúvida é: o vocalista tb é filho do Robert Plant? hahaha
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