Woe to you, Oh Earth and Sea, for the Devil sends the beast with wrath, because he knows the time is short...
Let him who hath understanding reckon the number of the beast
for it is a human number, its number is Six hundred and sixty six.
Let him who hath understanding reckon the number of the beast
for it is a human number, its number is Six hundred and sixty six.
Nunca um texto lido constituiu a introdução de uma música com tamanho impacto.
Nunca a estreia de um vocalista em uma banda de metal teve a força de um furacão como foi a de Bruce Dickinson no Iron Maiden.
Com base em uma citação do Apocalipse 13:18 (Revelations, para o Inglês) e em concepções da numerologia que geraram os estudos contemporâneos da magika disseminada por Aleyster Crowley, Steve Harris e Cia. precisavam chegar destruindo tudo com a nova formação. Paul Di’Anno tinha seu fã clube, mas sua presença na banda havia se tornado insustentável em razão de vários motivos: de drogas a problemas com a sua voz que não durava até o final dos shows.
Bruce era absolutamente melhor, mas fugia do estilo que levou a primeira demo do Iron ao topo das rádios inglesas. O som original era cru e agressivo, o que não combinava com a nova sirene (Air Raid era o apelido de Bruce) contratada. Era o terceiro álbum de estúdio e a terceira formação diferente. A banda precisava se estabelecer. E precisava mostrar ao público que a formação era melhor que a anterior.
The Number Of The Beast chegou simplesmente viciando todos os adeptos do metal, e não apenas aqueles fãs da NWOBHM. A capa chocou até mesmo os acostumados com os pôsters e capas do Iron. A banda tinha um mascote capaz de matar o próprio diabo e fazê-lo de marionete. Derek Riggs teve aqui o seu momento acima do estado de arte. A mensagem oculta é um soco na cara (diferente das milhões de mensagens subliminares das capas dos álbuns seguintes).
Invaders abre o play com Bruce mostrando seus agudos dilacerantes e Steve Harris fazendo seus malabarismos. As guitarras de Adrian Smith e Dave Murray, agora no segundo álbum consecutivo, mostram-se afiadas como nunca havia se visto antes. A seguir, Children of the Damned cria a falsa sensação de que estamos diante de uma balada. Quase, pois trata-se de um crescendo, que culmina com maravilhosas guitarras dobradas em solos e Bruce fazendo um OOooooo uooooo que seria a sua marca registrada nas espetaculares apresentações ao vivo.
The Prisoner e 22 Acacia Avenue lembram, ambas, a fase Killers. Se não fosse pelos vocais, eu poderia dizer que saíram de lá. A partir daí é só pedrada.
The Number of The Beast traz aquela introdução citada na postagem e um riff de guitarra matador, que culmina com um grito que até hoje nenhum outro vocalista conseguiu imitar. Run to the Hills mostra que o Iron tinha, aqui, sua melhor formação. Com todo respeito aos que não concordam, essa é a música que representa o Iron Maiden para mim, e seu destaque fica para Clive Burr, um dos melhores bateristas da história do rock. Nicko é bom, mas quem já o viu ao vivo sabe que ele não consegue segurar Run to the Hills. Clássico com uma introdução quase disco music.
Nunca a estreia de um vocalista em uma banda de metal teve a força de um furacão como foi a de Bruce Dickinson no Iron Maiden.
Com base em uma citação do Apocalipse 13:18 (Revelations, para o Inglês) e em concepções da numerologia que geraram os estudos contemporâneos da magika disseminada por Aleyster Crowley, Steve Harris e Cia. precisavam chegar destruindo tudo com a nova formação. Paul Di’Anno tinha seu fã clube, mas sua presença na banda havia se tornado insustentável em razão de vários motivos: de drogas a problemas com a sua voz que não durava até o final dos shows.
Bruce era absolutamente melhor, mas fugia do estilo que levou a primeira demo do Iron ao topo das rádios inglesas. O som original era cru e agressivo, o que não combinava com a nova sirene (Air Raid era o apelido de Bruce) contratada. Era o terceiro álbum de estúdio e a terceira formação diferente. A banda precisava se estabelecer. E precisava mostrar ao público que a formação era melhor que a anterior.
The Number Of The Beast chegou simplesmente viciando todos os adeptos do metal, e não apenas aqueles fãs da NWOBHM. A capa chocou até mesmo os acostumados com os pôsters e capas do Iron. A banda tinha um mascote capaz de matar o próprio diabo e fazê-lo de marionete. Derek Riggs teve aqui o seu momento acima do estado de arte. A mensagem oculta é um soco na cara (diferente das milhões de mensagens subliminares das capas dos álbuns seguintes).
Invaders abre o play com Bruce mostrando seus agudos dilacerantes e Steve Harris fazendo seus malabarismos. As guitarras de Adrian Smith e Dave Murray, agora no segundo álbum consecutivo, mostram-se afiadas como nunca havia se visto antes. A seguir, Children of the Damned cria a falsa sensação de que estamos diante de uma balada. Quase, pois trata-se de um crescendo, que culmina com maravilhosas guitarras dobradas em solos e Bruce fazendo um OOooooo uooooo que seria a sua marca registrada nas espetaculares apresentações ao vivo.
The Prisoner e 22 Acacia Avenue lembram, ambas, a fase Killers. Se não fosse pelos vocais, eu poderia dizer que saíram de lá. A partir daí é só pedrada.
The Number of The Beast traz aquela introdução citada na postagem e um riff de guitarra matador, que culmina com um grito que até hoje nenhum outro vocalista conseguiu imitar. Run to the Hills mostra que o Iron tinha, aqui, sua melhor formação. Com todo respeito aos que não concordam, essa é a música que representa o Iron Maiden para mim, e seu destaque fica para Clive Burr, um dos melhores bateristas da história do rock. Nicko é bom, mas quem já o viu ao vivo sabe que ele não consegue segurar Run to the Hills. Clássico com uma introdução quase disco music.
Hallowed be Thy Name tem uma letra marcante. O condenado à forca em sua última noite na prisão. O padre vem lhe tomar a confissão. Parece que Steve Harris estava confessando algo para seu público. Guitarras mais uma vez matadoras e uma bateria que se enquadra com perfeição no que se espera de um clássico.
A versão que vos trago é a remasterizada, de 1998, com a faixa Total Eclipse acrescentada ao track list.
Obviamente você já conhece esse disco. Mas eu não pude deixar de resenhá-lo, afinal, lembro quando eu estava no colégio, no intervalo, e tinha apenas 7 anos. Vi um cara mais velho (de 9 anos) com o disco debaixo do braço (esse tipo de exibicionismo costumava funcionar naqueles longínquos anos 80). E não parei enquanto não conseguisse ouvir aquilo.
Sr. Harris, abençoado seja o seu nome.
Track List
1. "Invaders"
2. "Children of the Damned"
3. "The Prisoner"
4. "22 Acacia Avenue"
5. "The Number of the Beast"
6. "Run to the Hills"
7. "Gangland"
8. "Total Eclipse"
9. "Hallowed Be Thy Name"
Steve Harris (baixo)
Clive Burr (bacteria)
Bruce Dickinson (vocais)
Adrian Smith (guitarras)
Dave Murray (guitarras)
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A versão que vos trago é a remasterizada, de 1998, com a faixa Total Eclipse acrescentada ao track list.
Obviamente você já conhece esse disco. Mas eu não pude deixar de resenhá-lo, afinal, lembro quando eu estava no colégio, no intervalo, e tinha apenas 7 anos. Vi um cara mais velho (de 9 anos) com o disco debaixo do braço (esse tipo de exibicionismo costumava funcionar naqueles longínquos anos 80). E não parei enquanto não conseguisse ouvir aquilo.
Sr. Harris, abençoado seja o seu nome.
Track List
1. "Invaders"
2. "Children of the Damned"
3. "The Prisoner"
4. "22 Acacia Avenue"
5. "The Number of the Beast"
6. "Run to the Hills"
7. "Gangland"
8. "Total Eclipse"
9. "Hallowed Be Thy Name"
Steve Harris (baixo)
Clive Burr (bacteria)
Bruce Dickinson (vocais)
Adrian Smith (guitarras)
Dave Murray (guitarras)
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Por Zorreiro
14 comentários:
http://www.mediafire.com/?qollyg72g7ym6qd
Mesmo conhecendo o álbum, a resenha ficou foda Zorreiro! Clássico!
Clássico !!!
Excelente resenha. Parabens.
Nesse eu faço questão de comentar, o 1º álbum do Iron Maiden que ouvi e comprei, na minha época era CD, e foi praticamente o que me trouxe para o mundo do Metal, (Judas Priest veio antes para mim) as primeiras músicas que ouvi foram 'Invaders' e 'The Number of The Beast' depois que as ouvi, a donzela me pegou ! Após essas ouvi 'Hallowed Be Thy Name', pronto! Dave Murray chegou e me disse: Garoto ! Aprenda a tocar guitarra ! Aprendi e tô nessa a uns 9 anos ! rs
Post da vez: China Sky (AOR)
http://vincemaidenmaniaco.blogspot.com/
Faz parte da minha história tb. Me lembro até hoje o quanto a capa me chocou. Na época, nem imaginava que iria gostar tanto de Iron e música em geral.
acho um otimo disco do maiden..
só uma curiosidade..
o bruce já era chamado de air raid siren antes de entrar no maiden?
É um daqueles discos que mudam a sua vida !! Depois de 20 anos curtindo iron e ter ouvido 1 milhao de vezes the number, chorei com o grito do Bruce no show em 2008. foi foda !!!!!
Eu tinha um poster enorme do the number na parede do quarto. Teria até hj se minha tia crente nao foss em casa e tivessse rancado desesperada !!! kkkkk !
Qualquer opinião depreciativa a esse disco deve ser achincalhada e destruida. Melhor album do Maiden pra mim.
CLASSICO! CLASSICO! CLASSICO!
O album que merece todooo respeito, graças a ele minha vida tomou o rumo do metal, graças a The Number Of The Beast
Quem curti Rock e não ouviu The Number é corno e não Rockeiro!!!Resenha do CARALHO!!!!A introdução explica o resto...parabens Mr....
Nusss !!!!!! A resenha é perfeita !!!! Concordo com cada palavra ....parabéns..
É impossível deixar de ouvir Iron Maiden, mesmo depois desse retorno em sua nova formação, com álbuns que levam anos até serem devidamente apreciados. Com The Number Of The Beast, Piece Of Mind e Powerslave, era amor à primeira audição! Não levava menos de um dia para a música ficar na cabeça, e menos de um milênio para esquecê-la. Os três álbuns aqui citados são o que considero a "santa" trindade do Iron Maiden. Quem inclui nesse tesouro os álbuns Killers e Somewhere In Time, cometerá um certo exagero e um pouco de excesso de bagagem. Nada disso, somente estes três álbuns resumem o que é o Iron Maiden para civilizaçãos futuras ou extraterrestres, e mostram que essa banda é a única no universo a cativar seus fãs.
Também sou um admirador do Judas Priest e Saxon, além de outras bandas (milhares delas!).
Enfim, parabéns pela resenha!
Lembro que se for possível aos próximos roqueiros (filhos e netos), que tenham em sua coleção os LPs da Donzela, porque o vinil é insuperável e as capas merecem aquele formato! Crianças do futuro, apreciem Iron Maiden sem moderação!!
Long Live Rock'n'Roll!
Digam o que quiser, mas este LP é o inicio do Heavy Metal.
Esse é, um classico
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