Você nunca se perguntou como é que pode Eric Clapton ter saído dos Yardbirds sob o argumento de que a banda estava se tornando pop demais, quando quase tudo o que ele gravou fora da banda tem um certo apelo pop?
Obviamente, nem tudo, mas tente não admitir a veia pop nos discos solo do Slowhand (inclusive o assim intitulado) dos anos 70 e 80. O cara nunca foi um purista do blues (vide Cream, Blind Faith e Derek and The Dominoes, que não são grupos de blues nem aqui nem na China).
The Yardbirds foi a primeira banda britânica de rock pesado. Era hard rock ao vivo!
Você sente a pegada de Clapton, que já havia moldado o alicerce do seu estilo, com uma fúria juvenil. Talvez ele tenha saído da banda por seu excesso de testosterona à época, mas nunca em razão do apelo popular das canções. Como saber? Simples: ouvindo a postagem de hoje.
Obviamente, nem tudo, mas tente não admitir a veia pop nos discos solo do Slowhand (inclusive o assim intitulado) dos anos 70 e 80. O cara nunca foi um purista do blues (vide Cream, Blind Faith e Derek and The Dominoes, que não são grupos de blues nem aqui nem na China).
The Yardbirds foi a primeira banda britânica de rock pesado. Era hard rock ao vivo!
Você sente a pegada de Clapton, que já havia moldado o alicerce do seu estilo, com uma fúria juvenil. Talvez ele tenha saído da banda por seu excesso de testosterona à época, mas nunca em razão do apelo popular das canções. Como saber? Simples: ouvindo a postagem de hoje.
Na sua fase pré “For Your Love”, os Yardbirds foram precursores na eletrificação e aceleração do blues de Chicago. O formato de cinco músicos, sendo que o vocalista também era um exímio gaitista, somado aos então violentos amplificadores britânicos da Vox que cuspiam doses cavalares de distorção nas execuções fizeram com que os rapazes provassem pela primeira vez aquele soco nas costas que depois ficou tão comum para as bandas de rock (me refiro aos amps que passaram a ter stacks completos). E Clapton podia desfilar seus licks de blues sob os harmônicos das válvulas fritando à vontade sobre a cama formada por Chris Dreja e Paul Samwell-Smith.
Para quem conhece Yardbirds em estúdio, este play chega a ser inacreditável. Ouça-o e me responda: existe comparação com os grupos da época? Os Beatles eram mais polidos; os Stones eram mais selvagens; mas os Yardbirds eram simplesmente arrebatadores. E esse ao vivo foi o primeiro lançamento oficial do grupo que tomou o lugar de Keith Richards e Cia no primeiro contrato com a gravadora. Bom começo, não?
As apresentações realizaram-se no Craw Daddy, Richmond e no Marquee Club, Londres, no final de 1963 e início de 1964. O cuidado com os arranjos e timbragem dos instrumentos demonstra o nível de exigência dos músicos, bem como suas habilidades. Sem overdubs (aparentemente), as execuções das músicas são impecáveis. Obviamente não temos a timbragem de bateria com a qualidade hoje, mas estamos falando de 1963. E sem a mão de George Martin, compreendido?
Too Much Mokey Businness, de Chuck Berry, abre o play com Clapton desfilando seus conhecimentos sobre o assunto. Não vou falar de todas as músicas, mas Five Long Years e Smokestack LIghtning também merecem destaque, assim como todo o play.
Too Much Mokey Businness, de Chuck Berry, abre o play com Clapton desfilando seus conhecimentos sobre o assunto. Não vou falar de todas as músicas, mas Five Long Years e Smokestack LIghtning também merecem destaque, assim como todo o play.
Esse é um disco ao vivo de uma época em tocar bem significava gana, vontade, feelin’ e técnica. Mas, sobretudo, o grupo tinha que ter talento para se estabelecer. E os Yardbirds de qualquer fase, seja com Clapton, Beck ou Page, tinham.
Ouça e se imagine no Marquee em 1963/64. Devia ser uma experiência e tanto. Morte ao Pro Tools.
Enjoy.
Ouça e se imagine no Marquee em 1963/64. Devia ser uma experiência e tanto. Morte ao Pro Tools.
Enjoy.
Track List
1. "Too Much Monkey Business" (Chuck Berry)
2. "Got Love If You Want It" (Slim Harpo)
3. "Smokestack Lightning" (Howlin' Wolf)
4. "Good Morning Little Schoolgirl"
5. "Respectable" (O'Kelly Isley, Ronald Isley, Rudolph Isley)
6. "Five Long Years" (Eddie Boyd)
7. "Pretty Girl" (Ellas McDaniel)
8. "Louise" (John Lee Hooker)
9. "I'm a Man" (McDaniel)
10. "Here 'Tis" (McDaniel)
Keith Relf (vocais, harmonica)
Eric Clapton (guitarra solo)
Chris Dreja (guitarra base)
Paul "Sam" Samwell-Smith (baixo)
Jim McCarty (bateria)
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Por Zorreiro
9 comentários:
http://www.mediafire.com/?8y5xja64s28o7zj
Tudo o que se faz de peso hoje devemos aos Yardbirds!!!!maravilhosa a postagem!!!!parabéns...
Cara, que álbum de blues! Que álbum! Fantástico!
Top hein... baixando.
SENSACIONAL!!! Muito bom mesmo!
Grande disco!!!
Essa galera da 1ª metade dos anos 60 (como Stones, Animals, Dowliners Sect, Kinks, Georgie Fame, Alexis Korner ), como disse o Implacável, eletrificou e acelerou o Blues americano dando um ingrediente importante para o rock que conhecemos.
Para quem gostou, recomendo o disco em que os Yardbirds acompanham o Sonny Boy Williamson.
Grande post!!
Para a minha grata satisfação, o disco mencionado anteriormente já foi postado em abril de 2010.
Parabéns ao blog.
tava vendo o programa da VH1 sobre a historia do rock e fiquei a fim de ouvir o yardbirds..
valeu por disponibilizar..
NADA ESTA ON!!! Estou sedento por boa musica e não posso ouvir!!! Sei que não é culpa da combe, mas é triste....
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