Um cara perdidamente apaixonado pela a esposa do melhor amigo e que lutava contra tais sentimentos durante muito tempo, juntando a esta obsessão drogas e álcool. A paixão era tão avassaladora que para tentar esquecer o amor de sua vida, o mesmo tentou uma paixão com a irmã de sua amada, o que não resolveu em nada, pois não era com ela que ele gostaria de estar. Junte a isso a perca de um seus melhores amigos. Situação nada fácil não...
Nessa situação que o Slow hand se encontrava. Perdidamente apaixonado por Patty Boyd, que era esposa de George Harrison (sim aquele mesmo que você está pensando! rsrs), seu melhor amigo. E ainda com a perda de outro amigo e inspiração para ele, o grande Jimi Hendrix. Podemos dizer que Clapton estava realmente em um mato sem cachorro.
Ao invés de ficar resmungando, para nossa sorte, ele decidiu afogar as mágoas gravando um álbum. Juntando a line-up do projeto Delaney, Bonnie & Friends, projeto que ele participou após o fim do Blind Faith, e que tinha como integrantes Carl Radle no baixo e Jim Gordon na bateria, Clapton começa a fazer jams e tocar em pequenos bares na Inglaterra, apenas pela paixão de tocar e sem se identificarem para pequenas platéias.
Após este período tocando em pubs, a banda viaja para o outro lado do Atlântico, especificamente em Miami, para dar inicio a gravação de seu primeiro disco. Ao chegarem lá, se aperceberam de que tinham pouco material em mãos, estando entre esse material a magistral Layla, que ainda estava incompleta. Isto mudaria devido a intervenção de Tom Dowd, um produtor que já havia trabalhado com Clapton na época do Cream. O mesmo também era produtor do Allman Brothers, que tinha Duane Allman, profundo admirador de Clapton. Em dos intervalos das gravações do álbum, Dowd e Clapton foram conferir uma apresentação beneficente do Allman Brothers que estava ocorrendo na cidade, e ao observar a liderança e presença de palco de Duane, Clapton se fascina e após iniciar uma amizade com ele, ali mesmo no final do show, o convida para participar da gravação do disco que estava ocorrendo, o que foi aceito prontamente.
Com esta formação que pode ser considerada a melhor que Clapton já trabalhou, somos brindados com uma maravilhosa obra de arte, um disco que transpira um amor proibido e feroz que dominava o coração de um homem obcecado por este. E podemos perceber isso já de cara com a música de abertura “I Looked Away”, em que Clapton já se entrega de cara com os versos: "E se parecer um pecado, amar a mulher de outro homem, baby, acho que vou continuar pecando, amá-la, Senhor, até meu último dia". Com certeza mais direto que isso é impossível.
Após esse início, temos 77 minutos de entrega e mais declarações descaradas de amor para sua amada Layla em canções extasiantes como na baladaça “Bell Bottom Blues”, na guitarristica “Keep On Growing”, onde temos Allman e Clapton inspiradíssimos, lembrando os melhores momentos do Allman Brothers. O blues, tão latente na veia de Clapton, aparece pela primeira vez na triste “Nobody Knows You When You're Down and Out”.
Mais não para por aí. Em “Key To The Highway” temos quase uma Jam, em que Allman e Clapton duelam em solos cheios de felling e bom gosto, em seus quase 10 minutos, onde não tem como não se emocionar com o pequeno show dado pelos dois. “Have You Ever Loved a Woman” é mais uma aula de blues, em que Clapton mais uma vez derrama seu coração e nos declama o seguinte: “Você já amou uma mulher, e você sabe que não pode deixá-la sozinha? Alguma coisa dentro de você, não te deixa arruinar a casa do seu melhor amigo”. Aqui podemos perceber o quanto o mesmo estava confuso sobre o que deveria fazer naquele momento. E temos uma homenagem emocionante ao seu recém-falecido amigo Jimi Hendrix em “Little Wing” que faz qualquer despreparado verter em lágrimas.
Mas com certeza o maior momento vem na inigualável “Layla” que é dedicada a Patty Boyd. Em seu início, já somos presenteados com um baita de um riff executado com maestria por Duane Allman, que nos prepara para sete minutos de emoção, onde temos mais uma declaração de amor desesperada de Clapton, em acordes explosivos em seu início, que depois se transforma em uma bela marcha nupcial em seu final apoteótico. Desafio não se emocionar e não sentir um frio na barriga ao escutar os belos solos transpostos ao piano, guitarra, baixo e bateria. Algo de fazer qualquer um mais desatento se emocionar e deixar aquela lágrima cair no cantinho do olho (confesso que ao fazer esta resenha a escutei pelo menos umas 5 vezes repetidamente, sempre que a escuto sinto a mesma emoção de quando a escutei pela primeira vez).
Para aqueles que acham que Eric Clapton se resume apenas a Tears in Heaven, corram e vejam porque o mesmo é aclamado um dos maiores guitarristas de todos os tempos.
EXTREMAMENTE RECOMENDADO! E COM LUGAR DE DESTAQUE EM SUA DISCOGRAFIA BÁSICA!
Nessa situação que o Slow hand se encontrava. Perdidamente apaixonado por Patty Boyd, que era esposa de George Harrison (sim aquele mesmo que você está pensando! rsrs), seu melhor amigo. E ainda com a perda de outro amigo e inspiração para ele, o grande Jimi Hendrix. Podemos dizer que Clapton estava realmente em um mato sem cachorro.
Ao invés de ficar resmungando, para nossa sorte, ele decidiu afogar as mágoas gravando um álbum. Juntando a line-up do projeto Delaney, Bonnie & Friends, projeto que ele participou após o fim do Blind Faith, e que tinha como integrantes Carl Radle no baixo e Jim Gordon na bateria, Clapton começa a fazer jams e tocar em pequenos bares na Inglaterra, apenas pela paixão de tocar e sem se identificarem para pequenas platéias.
Após este período tocando em pubs, a banda viaja para o outro lado do Atlântico, especificamente em Miami, para dar inicio a gravação de seu primeiro disco. Ao chegarem lá, se aperceberam de que tinham pouco material em mãos, estando entre esse material a magistral Layla, que ainda estava incompleta. Isto mudaria devido a intervenção de Tom Dowd, um produtor que já havia trabalhado com Clapton na época do Cream. O mesmo também era produtor do Allman Brothers, que tinha Duane Allman, profundo admirador de Clapton. Em dos intervalos das gravações do álbum, Dowd e Clapton foram conferir uma apresentação beneficente do Allman Brothers que estava ocorrendo na cidade, e ao observar a liderança e presença de palco de Duane, Clapton se fascina e após iniciar uma amizade com ele, ali mesmo no final do show, o convida para participar da gravação do disco que estava ocorrendo, o que foi aceito prontamente.
Com esta formação que pode ser considerada a melhor que Clapton já trabalhou, somos brindados com uma maravilhosa obra de arte, um disco que transpira um amor proibido e feroz que dominava o coração de um homem obcecado por este. E podemos perceber isso já de cara com a música de abertura “I Looked Away”, em que Clapton já se entrega de cara com os versos: "E se parecer um pecado, amar a mulher de outro homem, baby, acho que vou continuar pecando, amá-la, Senhor, até meu último dia". Com certeza mais direto que isso é impossível.
Após esse início, temos 77 minutos de entrega e mais declarações descaradas de amor para sua amada Layla em canções extasiantes como na baladaça “Bell Bottom Blues”, na guitarristica “Keep On Growing”, onde temos Allman e Clapton inspiradíssimos, lembrando os melhores momentos do Allman Brothers. O blues, tão latente na veia de Clapton, aparece pela primeira vez na triste “Nobody Knows You When You're Down and Out”.
Mais não para por aí. Em “Key To The Highway” temos quase uma Jam, em que Allman e Clapton duelam em solos cheios de felling e bom gosto, em seus quase 10 minutos, onde não tem como não se emocionar com o pequeno show dado pelos dois. “Have You Ever Loved a Woman” é mais uma aula de blues, em que Clapton mais uma vez derrama seu coração e nos declama o seguinte: “Você já amou uma mulher, e você sabe que não pode deixá-la sozinha? Alguma coisa dentro de você, não te deixa arruinar a casa do seu melhor amigo”. Aqui podemos perceber o quanto o mesmo estava confuso sobre o que deveria fazer naquele momento. E temos uma homenagem emocionante ao seu recém-falecido amigo Jimi Hendrix em “Little Wing” que faz qualquer despreparado verter em lágrimas.
Mas com certeza o maior momento vem na inigualável “Layla” que é dedicada a Patty Boyd. Em seu início, já somos presenteados com um baita de um riff executado com maestria por Duane Allman, que nos prepara para sete minutos de emoção, onde temos mais uma declaração de amor desesperada de Clapton, em acordes explosivos em seu início, que depois se transforma em uma bela marcha nupcial em seu final apoteótico. Desafio não se emocionar e não sentir um frio na barriga ao escutar os belos solos transpostos ao piano, guitarra, baixo e bateria. Algo de fazer qualquer um mais desatento se emocionar e deixar aquela lágrima cair no cantinho do olho (confesso que ao fazer esta resenha a escutei pelo menos umas 5 vezes repetidamente, sempre que a escuto sinto a mesma emoção de quando a escutei pela primeira vez).
Para aqueles que acham que Eric Clapton se resume apenas a Tears in Heaven, corram e vejam porque o mesmo é aclamado um dos maiores guitarristas de todos os tempos.
EXTREMAMENTE RECOMENDADO! E COM LUGAR DE DESTAQUE EM SUA DISCOGRAFIA BÁSICA!
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1.I Looked Away
2.Bell Bottom Blues
3.Keep on Growing
4.Nobody Knows You When You're Down and Out
5.I Am Yours
6.Anyday
7.Key to the Highway
8.Tell the Truth
9.Why Does Love Got to Be So Sad
10.Have You Ever Loved a Woman
11.Little Wing
12.It's Too Late
13.Layla
14.Thorn Tree in the Garden
Eric Clapton - guitarra e vocal
Bobby Whitlock - órgão, piano, vocal e violão
Jim Gordon - bateria, percussão e piano
Carl Radle - baixo e percussão
Duane Allman - guitarra (faixas 4 a 14)
By Weschap Coverdale
9 comentários:
http://www.multiupload.com/FX10JDOIB1
Poxa, tá aí, mais uma grande história do bom e velho rock'n roll...
Que história linda e triste...E regada por música da melhor qualidade.
Para quem quiser saber como terminou esta história, recomendo a leitura da matéria a seguir: http://whiplash.net/materias/biografias/068366-ericclapton.html
Clássico, álbum maravilhoso! E belo texto.
e uma dica cara, põe também no marcador Eric Clapton, pra ajudar o pessoal a achar depois, e aos poucos a gente vai montando a discografia do Slow Hand
O album é fodástico. E Clapton caprichou tanto na sua declaração de amor que conseguiu o que queria: comeu a mulher do George Harrison..rsss.
Conheci a banda pela biografia do Eric. ouvindo agora, album épico =)
Cara, esse album é sensacional! Procurei ele pra caralho! E estava bem aqui!
Muito obrigada!
Não conhecia esse álbum. Conheci enquanto resenhava um álbum Derek Trucks. Excelente resenha. Parabens.
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